Comecemos com algo banal, há histórias que de serem tão banais se podem tornar épicas não é verdade?
Era domingo, um domingo daqueles que não queremos que passe. O mundo está sossegado, provavelmente porque todos os aparelhos electrónicos se encontram devidamente desligados (pronto, todos menos este computador, mas foi por uma boa causa), o sol espreita por entre duas nuvens que não dão sinais de chuva e os passarinhos piam ocasionalmente, talvez por contentamento, ou simplesmente devido a alguma melancolia que possam estar a sentir.
Tudo isto parece idílico num mundo de Albertos Caeiros, mas infelizmente não podemos ser todos heterónimos do Fernando. Podemos no entanto tentar ser Pessoas, e se conseguirmos já é qualquer coisa de fantástico.
Passando à frente, é domingo e o centro da aldeia está sossegado, o que indica que pode tanto ser domingo como qualquer outro dia da semana. Dizer "o centro da aldeia" é também ele relativo, pois tudo aqui parece estar "no centro"... Mas sabem que mais? Sabe-me bem isto. Sabe-me bem este sossego do campo e da aldeia natal, sabem-me bem as origens e as pessoas, que embora se adorem apunhalar nas costas, não me trazem males de grande porte e no entretanto ainda me fazem rir um pouco.
Soube-me também muito bem o cafézinho matinal com a família, depois de passear o cão, que cada vez se mais faz jus ao nome Rufia.
Resumindo, os domingos aqui fazem-me bem, e aqui domingo é quando o homem quiser.
Bons domingos para vocês também! Aproveitem-nos sempre da melhor forma.
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