domingo, 6 de setembro de 2015

Firetears

Disseste que preferias morrer. Que só trazias sofrimento a ti e aos que te rodeiam, Que fazes um esforço enorme para dizer umas simples palavras e mesmo assim ninguém te entende, em parte porque não se esforçam para tal. Só hoje me apercebi que pertenço muitas vezes ao grupo dos que não te entende. Dos que não se esforça. Espero que um dia me possas desculpar por isso. Desculpa não conseguir aceitar que estejas assim, pois tenho guardada na minha memória aquela mulher forte e única, que conseguiu criar duas filhas completamente sozinha, pois teve o azar de ter um marido que partiu demasiado cedo.
Foi sempre tudo demasiado cedo, não foi?
A vida passou demasiado rápido pelos teus pequenos olhos castanhos. Pelas tuas mãos agora enrugadas e gastas pelos dias, ora quentes, ora frios.
Desculpa todas as vezes que fui cruel para ti. Em parte deve-se ao não conseguir aceitar que te tornaste num ser humano tão dependente de tudo e todos, mas isso não serve como desculpa para nada, as coisas são o que são.
Acima de tudo desculpa-me pela minha impotência. Vejo-te ficar mais demente a cada dia que passa e no entanto aqui estou, a olhar para ti, sem conseguir mudar o que te está a acontecer.
Falei contigo apenas cinco minutos e foi o suficiente para perceber como tenho andado enganada. Pedir desculpa nunca será suficiente.
Amo-te avó, não quero que vás embora, tenta voltar para nós! Por favor tenta.

sábado, 5 de setembro de 2015

Refugiados.

O mundo em que vivemos não é de todo justo. Ficamos chateados por coisas tão pequenas. Idiotices completas, sem significado algum, enquanto que há coisas realmente graves a acontecer neste planeta azul às quais não damos a atenção necessária.
É preciso que todos ajudem, porque todos os gestos fazem a diferença.
Visitem a página de apoio aos Refugiados e deixem o vosso contributo. Caso não consigam fazê-lo por algum motivo, partilhem o site, nunca se sabe quem estará do outro lado a ver.
Obrigada.


"Vemos ouvimos e lemos, não podemos ignorar" Sophia de Mello Breyner Andresen