quarta-feira, 18 de junho de 2014

Tenho andado perdida. Misturo os dias com as noites, o chá com o café, a manhã com a tarde. Nunca me soube tão mal acordar e nunca quis tanto fugir deste sítio a onde venho parar sempre que algo começa a correr mal.

Dizem que um azar nunca vem só, e acho que nunca conheci ninguém a quem essa frase se aplicasse tão bem como a mim mesma.

Estou definitivamente perdida, e já não se trata apenas de uma questão geográfica (sim, porque eu sou certamente a pessoa mais despistada que poderiam conhecer), trata-se de uma questão psicológica, à falta de melhor palavra.

Não sei ao certo quem quero ser, não faço ideia em que tipo de pessoa me quero tornar. As minhas ambições só Deus as sabe, e quem me dera que ele falasse mais, para as poder partilhar comigo. Como eu gostava de ficar um pouco mais iluminada em relação a mim própria.

Invejo aquelas pessoas que nascem e sabem o que querem. Aquelas pessoas que olham para duas peças de roupa e sabem logo qual a que vão escolher. Gostava de ser decidida e espontânea e todas essas coisas que me atraem numa pessoa. Gostava mesmo, mas mesmo, de me sentir atraída por mim! (Pronto, não levem isto para lados esquisitos, a minha mente funciona de maneiras estranhas, mas acho que se pensarem um bocadinho conseguem perceber o que quis dizer).

Deve ser uma sensação fantástica, essa a de acordar de manhã (cedo de preferência, para se aproveitar bem o dia), e ser-se genuinamente feliz na pele que se veste! Não sei quanto a vocês, mas há dias em que muito me apetecia despir-me de todo este órgão fantástico cor-de-pele e trocá-lo por um novinho em folha!
(pensem nisto num sentido figurativo, claro está).

Como nada do que acabei de dizer aqui é possível, fico apenas com uma opção de escolha. Tenho que me reinventar. Ainda não descobri o como nem o quando, mas prometo mudar, por mim.


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