sexta-feira, 23 de março de 2012

Para recordar...

E quem é que via todos os episódios desta série?
Para aquele que, tal como eu, se fartavam de rir com esta gente, fica aqui um episódio do "Aqui não há quem viva". Deliciem-se :)


X Grandilavra - Pas de La Casa

E parece-me que alguém está a umas horas de ir para Pas de la Casa! Ainda as malas não estão feitas, visto que só posso levar uma e já tenho duas cheias, parece-me que tenho que começar a retirar coisas, mas perece tudo tão importante! Acho que o saco-cama tem que ficar cá, mas então se ficar com frio à noite?
Quem já foi, algum concelho de última hora?
Pelo que averiguei faz frio e neva, o que para quem gosta de frio, como eu é bom :)
Bem, agora é esperar que os nervos passem e que corra tudo bem. Nervos porque nunca na vida fiz esqui e pelo que me dizem vou chocar com toda a gente que me apareça à frente, devido a estas pernas "super" cordenadíssimas que Deus me deu...
Espero também não incendiar a casa com a minha suprema falta de jeito para a culinária porque senão lá se vai o dinheiro da caução e já gastei dinheiro suficiente com esta viagem.
Deixo aqui a temperatura de Pas de la Casa e WISH ME LUCK ;)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Bom fim de semana :)

Bem e para acabar esta semana vou mostrar-vos algumas coisas que gosto ou que gostava que acontecessem ;)






















(A lista continua)

E vocês, do que gostam?

sexta-feira, 2 de março de 2012

Se pudesse parar o tempo (parte 1)

O mar azul lá ao fundo embalava as rochas no seu canto lento e suave, de um fim-de-dia cansativo e sonolento. O vermelho do sol espelhado no céu reflectia-se nas janelas do bar da praia.
"Já falta pouco para acabar o turno", pensei. O pequeno bar de madeira estava praticamente deserto. Dois rapazes acabavam um gelado na esplanada e um senhor nos seus cinquentas bebericava um café.
"Quando se forem embora fecho, só faltam cinco minutos para as sete".
Perdida nos meus pensamentos, não me dei conta de que entretanto se tinham juntado mais quatro rapazes aos dois da explanada.
"A tia Gertrudes deve vir cá amanhã. Pff, devo ter que passar o dia todo a ouvi-la falar dos seus oito gatos e de como estão tão grandes - Boa."
De repente oiço o barulho de algo a estrilhaçar-se na rua e automáticamente olho para lá, mesmo a tempo de ver um dos rapazes que estava sentado, ser atirado para cima duma mesa, que caiu ao chão. Já era a terceira vez este mês que tinha confusões destas no bar. Provavelmente até eram os mesmos rapazes, mas no meio da confusão não sabia dizer.
Peguei no estintor e corri para o local da briga. Já sabia como lidar com isto - aprende-se bastante nos filmes.
Gastei metade da carga do estintor em cima dos rapazes que começaram a briga, até que eles finalmente pararam. Olharam-se como dois bois prestes a recomeçar a luta, mas os outros rapazes depressa os seguraram e evitaram que eu acabasse com o resto do pó do extintor.
- Não sei se é de odiarem o bar ou porque me querem ver despedida, mas corrijam-me se estou enganada, não tivémos já esta conversa duas vezes? - gritei-lhes enfurecida. Não consigo perceber o que vai na cabeça desta gente, mas terão que fazer isto sempre no meu bar?
Por uns momentos nenhum deles falou, continuando a olhar uns para os outros, até que um deles olhou para mim e disse:
- Tens razão. E pedimos desculpa. Tenho a certeza que um destes dois não se vai importar de pagar o cinzeiro. - Nem tinha reparado que estava um cinzeiro feito em cacos aos meus pés. Então foi daí que veio o barulho do vidro partido.
- É, acho bem. - voltei-me para os rapazes que se brigaram, que agora já olhavam para mim, embora aposto que não me estavam a ver - E vocês os dois, da próxima vez que quiserem provar que são muito machos, façam-no fora daqui, estão a afastar os clientes.
Agora que olhava bem para eles, vi que os conhecia. Salvador Guimarães e Rodrigo Capitão. Dois dos rapazes mais ricos aqui das redondezas. Seria de esperar que fossem grandes rivais, no entanto até há cerca de um ano eram os dois melhores amigos. Isto até o pai do Salvador e a mãe do Rodrigo se envolverem. Esta deixou o marido para ficar com o pai de Salvador, no entanto este não se divorciou da mulher, que com o tempo acabou por o perdoar. Ou assim parece.
Ambos andaram comigo até ao sexto ano, mas não tinha a certeza que ainda se lembrassem de mim. Afinal eu sempre fora a mais calada da turma e não falava muito com eles. Agora já estávamos no 12º ano e passados todos estes anos nunca mais dirigimos sequer um olá uns aos outros.
- Eu posso pagar Beatriz - disse-me Salvador, tirando a carteira - Quanto é?
Bem, afinal lembrava-se.
- Não sei, mas amanhã posso perguntar ao Sr. Amílcar e depois digo-te. Se pudesses passar cá amanhã era bom. - respondi-lhe. Esperei por uma resposta, mas esta não chegou. O Salvador apenas acenou e começou a ir-se embora, seguido do amigo que estava com ele antes da briga.
Os outros foram-se embora pelo lado contrário, para causar a famosa saída dramática. "Rapazes..." pensei, enquanto ia buscar a vassoura para limpar os cacos.
"Belo fim de tarde".

(continua)

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